



1.400 ou mais, quando a fisionomia característica dos campos de altitude determina o contato com a floresta ombrófila densa ou refúgio ecológico.
Nos caminhos utilizados para escaladas a transição da floresta Montana para floresta alto-montana e particularmente nítida, acontecendo em torno de 1.000 metros de altura.
REFUGIOS ECOLÓGICOS
Segundo a definição do projeto RADAM – BRASIL, os refúgios ecológicos se constituem em agrupamentos vegetais que imprimem uma área AMBIENTAL DISSONANTES AO REFLEXO DA VEGETACAO REGIONAL, enquadra-se nesta classificação os campos de
altitude ou regiões altas das
serras, observáveis geralmente
em altitudes acima de
1.400 metros; podendo,
entretanto, ocorrer em altitudes
inferiores, mais em consequência
de antropismos.
Os solos raros ou incipientes
nesta altitude não permitem
o desenvolvimento de
vegetação arbórea,
restringindo-se, portanto a
formação de gramoides-arbustivas, dominada na maior extensão por gramíneas do gênero paspalum e ciperáceas, entremeadas por ervas e arbustos de mestolamataceas, ericáceas e compostas. Comumente observa-se também a predominância de bambusaceas anãs constituindo os caratuvais ou caratuba pertencentes ao gênero chusquea eragrotis.
Nas pequenas depressões apresentam alguma profundidade de solos úmidos ocorrem as chamadas turfeiras, onde musgos do gênero (shagnum), normalmente cohabitadospo bromelaceas terrestres xiridáceas, eriocauláceas e iridáceas, muito caracterizam estes ambientes.
CARACTERIZACAO DA VEGETACAO SECUNDARIA
A vegetação secundaria se constitui em um conjunto de comunidades vegetais que surgem imediatamente após a devastação da floresta ou depois do abandono do terreno cultivado por um período mais ou menos longo, caracterizado por períodos sucessionais, demarcados e que tendem a reconstruir a vegetação original.
O vigor da recomposição da vegetação está diretamente ligado o tipo de tratamento do solo aplicado após a sua utilização, ocupação anterior (agricultura, pastagens formações primarias e secundarias) e a intensidade direta de utilização (períodos longo ou curto) refletem significativamente sobre a estabilidade e a fertilidade, esterilidade dos solos; influindo portando na estabilidade do desenvolvimento da vegetação que se instala.
O estágio inicial da ocupação, caracterizado por espécies herbáceas e arbustivas pioneiras.
Heliófilas constitui a
capoeirinha.
Com a incitação de
espécies arbóreas,
heliófilas de rápido
crescimento, formando
associações densas e
homogêneas,
constitui-se a capoeira.
Estas duas fases iniciais
podem ser agrupadas
em uma única tipologia,
aqui tratadas como
capoeira baixa.
Criando um ambiente
favorável a instável de
outras espécies arbóreas,
a vegetação da capoeira tende-se a ser progressivamente substituída por aquelas, constituindo uma formação mais heterogenia e transição denominada capoeirão de baixa para alta.
Os capoeirões evoluem para associações mais complexas e duradouras, onde o habito e o desenvolvimento diferenciado das espécies conduz a estratificação da população arbórea, onde se definem os elementos que irão dominar no estágio seguinte de evolução, dominando a floresta secundaria, e aquelas que irão constituir o estrato inferior dominado.
CAPOEIRA BAIXA
O terreno abandonado, após a instalação das gramíneas tende a ser ocupado na maioria dos casos por uma formação arbustiva muito característica, conhecida popularmente como vassoural, dominada por um número reduzido por espécies predominantemente da família das compostas, notadamente os do gênero baccharis, chamadas de vassourinhas. Os vassourais concorrem com as espécies arbóreas que vão caracterizar na fase seguinte da capoeira, como o jacaritao e a capororoca, ou na ausência dês tacariam um ambiente para a instalação lenta das espécies de ciclo mais duradoura do que o capoeirão.
A fase de capoeira apresenta
uma fase unidade fitosimionica
acentuada, devido à ocupação
da área por densas associações
envolvendo um número
reduzido de espécies arbóreas,
sendo que as formações são
muito comuns em regiões de
florestas ombro lia densas.
O que se verifica no jacaritao
e a capororoca nos níveis
montano e sub-montano ao
logo dos primeiros anos do
abandono dos cultivos. Estas
espécies dominam totalmente na primeira fase herbáceo arbustivo, da capoeirinha, com hegemonia; sustentada por período de tempos variáveis em função das fertilidades dos solos, oscilando entre idades estimadas de 05 a 20 anos, permitindo ao longo do seu desenvolvimento a instalação de outras espécies mais seletivas. O final da fase de capoeira define-se com a concorrência destas espécies àquelas antecessoras, que desde após a instalação já não reagem no ambiente sombreado, determinado por serem superadas e suprimidas, desaparecendo totalmente nas fases mais evolutivas da floresta secundaria.
Nas porções inferiores da encosta do serrão jacaritao e a capororoca dominam amplamente este estágio, a embaúba por vazes representa o mesmo papel, permitindo, entretanto maior incidência de luz, tendendo a formação de sub-bosque diferenciado das anteriores. O mangue do mato, devido a sua agressividade e indiferença, pode igualmente compor o maciço homogêneo.
No extrato herbáceo-arbustivo permanecem ainda as espécies tolerantes ao ambiente sombrio entre as quais instalam-se arbóreas que tendem a dominar e definir o estrato superior, formando os capoeirões. Entre eles se destaca o guapuruvu, o Miguel pintado o ingá macaco, a licurana a taipa, a jacatauva, o copororao, o cafezinho bravo, sendo que o palmito embora presente possivelmente ainda não está encontrando condições favoráveis para o seu desenvolvimento nesta fase.
Em altitudes superiores, além da capororoca e do jacatirao, o sagueiro se preparam para a fase seguinte, escasseiam os elementos tropicais como o guapuruvu, a bocuva e o taipa, o cedro, e o jacaritao - Açu entre outras categorias mesófilas.
Ambientes semelhantes a estes podem ser facilmente observados na flora testemunham a ocupação anterior.
CAPOEIRA ALTA
Quando as capoeiras entram em fase de substituição, coincidindo normalmente com o ciclo de vida relativamente curto das peneiras arbóreas, o dossel passa a ser ocupado progressivamente por um conjunto mais diversificado de espécies, consequentemente imprimindo heterogeneidade fitofiomonica mais acentuada as suas formações. Portanto no final do capoeirão que se define a estratificação do componente arbóreo em dois andares, um dominante e outro dominado de quando caracterizados, e estabelecidos passam a constituir a floresta secundaria.
A fisionomia e estrutura dos capoeirões não ostra diferenças marcantes nos níveis montano e sub-montano da floresta ombrófila densa; a sua florística, entretanto varia em função de proximidade de planície hidrófila litorânea ou das formações xerófilas
alto-montanas.
A população arbórea não
apresenta ainda uma
estratificação definida,
sua altura média pode
atingir no Máximo 15
metros de altura e seu
maior desenvolvimento
pode ocorrer em idades
estimadas de 30 a 40
anos, seu interior, mais
sombreado e úmido
favorece o
estabelecimento de epífitas
e a instalação efetiva do
palmito; nítidos sintomas da alteração microclimática do meio ambiente.
Nos capoeirões sub-montanos o guapuruvu e a embauba formam uma associação muita característica, facilmente identificável pelos aspectos de suas copas e folhagens. A guaricaca, a taipa, a canela ferrugem, bocuna, o jacatirao-acu, o Miguel pintado e o cuvutã destacam-se também no novo dossel, suprimindo as espécies dominantes da fase anterior (capoeira) eventualmente presente e em visível fase de substituição.
Acima dos 600 a 700 metros de altitude as espécies características do dossel sub-montano com o guapuruvu, a embauba e a bocuva, são substituídas pelo pau-sangue, pau-óleo, caovi, canela guaica, guatambu, canjerana, entre outras.
O sub-bosque dos capoeirões, favorecido pelo ambiente suprimido e por uma melhor estruturação do andar superior; constituído por pteridófitos, bromeliáceas, marantáceas, rubiáceas e piperáceas uniformemente distribuídas, entre as quais observa-se além da regeneração as arbóreas dominantes, instalação das espécies que irão constituir o segundo estrato das florestas secundarias como o cafezeiro-bravo, o jacarandá-lombriga, os ingazeiros, o pixiricao, a erva de macuco, os guara mirins, a pimenteira, a erva da anta, o tucum e as palmáceas muito frequentes.
FLORESTA SECUNDARIA
Esta fase e caracterizada por uma vegetação heterogenia apresentando dois estratos arbóreos definidos em um terceiro de emergência. O estrato arbóreo-arbustivo e desenvolvido e bem distribuído, onde já e notável de lianas (cipó) epífitas, e constritoras contribuem para a ideia do equilíbrio dinâmico nestas formações secundarias. A altura do estrato superior pode variar de 10 a 20 metros podendo chegar até 25 metros, em função das condições físicas e fertilidade do solo. A composição geralmente e determinada pelas espécies dominantes da fase superior dos capoeirões, entre as quais inclui-se a estopeira, o araria, a laranjeira do mato a sapopema, o leiteiro, a canela fogo, a canela preta, o pinho bravo, e o ipê-amarelo, conduzindo as formações mais evoluídas com acentuada semelhança florística e fisionômica as flores primarias; comumente induzindo o observador leigo a assim interpreta-las. Tal fato pode ser observado na maior parte da amostragem inventariada; caracterizada pela dinâmica da guaricica, guapuruvu, pinho bravo, pau-sangue, embirussue a bocuva e na parte das montanhas caracterizada pela Santana, ipê, Miguel-pintado, pau-óleo, licurana, caovi e estopeira.
Os sub-bosques nesta fase apresentam um andar arbóreo dominado onde se destacam a tabocuva, o ariticum, o guamirim-vermelho, o bacupari, o carvoeiro, o pixiricao, ingá, erva de macuco, guabiroba, a mandioqueira, o coração de bugre, entre outras espécies.
Em níveis inferiores a 700 metros de altura o palmito já encontra condições de pleno desenvolvimento, caracterizando i interior das florestas secundarias, juntamente com a brejauva, o indais, e o tucum.
O estrato herbáceo - arbustivo e caracterizado pelos xaxins, caetés, guaricana, canafistula, jaborandi, erva cidreira e taquaras. A presença de trepadeiras e constritoras e representada pelo cipó - braco - de - rei, dacea e arcea. Em locais mais íngremes, rasos ou rochosos, observa-se à ocorrência degleichenia e pteridofila, de aspecto e caráter místico, por vazes associadas a colônias denlicopodio.
CONSIDERACOES GERAIS SOBRE A VEGETACAO DAS AREAS 01, 02 e 03.
A adoção do sistema de classificação da vegetação do projeto RADAM-BRASIL mostra-se eficiente na definição de ambientes naturais, especialmente nas áreas que apresentam desníveis ecológicos marcantes, em uma época em que a uniformidade terminológica ainda faz sentir nos meios técnicos envolvidos com esta atividade; neste sentido, são comuns as diferentes denominações para uma mesma situação como, por exemplo “MATA ATLANTICA”, floresta pluvial atlântica, floresta tropical da serra do mar, floresta tropical pluvial atlântica, entre outras, que mesmo amplamente difundidas, não definem um ambiente especifico. A classificação fisionômica - ecológica, por sua vez embora utilize uma terminologia pouco difundida no Brasil, e amplamente difundida, usada e aceita internacionalmente.
Depreende-se o que o deixa na quase totalidade da cobertura vegetal destas glebas entre si são comuns, sofreram antropismos; as formações sub-montanas em todas as suas vertentes sofreram alterações. Somente em locais de declive acentuados, impróprios para qualquer atividade agrícola não sofreram intervenção humana ficando restringidas somente a eventual extração seletiva. Esta situação topográfica e agressiva e expressa as vertentes originais da mata atlântica, locais onde a maior parte do contingente natural ainda se faz presente. A detecção e localização de áreas intactas ou inalteradas, quando houverem deverá levantadas em um melhor detalhamento no futuro.
Neste caso como e será do mar, os desníveis acentuados entre as porções planálticas e a planície litorânea permitem a definição de patamares altimetricos, aos quais são atribuídas diferentes situações fisionimico-ecologicas, ou, em outras palavras, distintos tipos de vegetação. A fisiografia particular a esta região serrana permite, entretanto, interpretações dos diferentes tipos altimetricos.
Neste sentido considera-se
valida e oportuna à
observação das características
preferenciais de determinados
grupos e espécies, dividindo-se
em: seletivas, hidrófilas,
ocupando os níveis sub-montanos
influenciado pela planície úmida
do litoral; seletivas xerófilas,
adaptadas a solos mais secos ou
de drenagem rápida, como
observados nos níveis
alto-montanos,
espécies mesófilas, preferindo situações equilibradas (nem secas, nem muito unidas) o que se observa nos níveis montanos da floresta ombrolia densa. As espécies indiferentes ocorram indistintivamente em qualquer destas situações. As interpretações tipológicas baseadas em critérios fisionômico-ecológicos podem, portanto, ser detectadas também por aspectos florísticos, observando o comportamento e distribuição das espécies seletivas.
FLORA
COBERTURA VEGETAL
A metodologia usada fundamenta-se no critério da coleta de amostras para se verificar o volume madeireiro a partir da qualificação e quantificação das espécies vegetais existentes; tanto para o eventual uso de serraria ( se fosse aplicável).
Deste inventario florestal foi extraído alguns tópicos pertinentes a perfeita identificação e determinação de volumes das reservas nativas e o cálculo potencial florestal para madeiras classificadas em vaiados padrões de eventual qualidade (primeira e segunda) além do volume de madeira classificado meramente como lenha, além do volume de espécies de arvores classificadas como alimentícias (palmiteiro).
ASPECTOS RELATIVOS A FLORA
Considerando que estas áreas
poderão ser de interesse
turístico, possuindo desníveis
marcantes característicos da
serra do mar, diluindo este
relevo em vários planos e
níveis (planalto) recebe
influência direta das frentes
oceânicas tem um clima
ameno e diferenciado, sendo
que a consequência na
vegetação apresenta uma
grande variação tida na sua
composição fisionomia,
permitindo a definição de
distintos ambientes naturais.
Aliando-se a estes aspectos, mesmo que genericamente variações edáficas localizadas, pode-se concluir que os fatores ecológicos de cada ambiente são responsáveis por suas impressões fitofisionomias diferenciadas.
Para diferenciação e caracterização destes distintos ambientes sob esta ênfase, direciona-se a avaliação do conjunto de condicionantes ecológicos particulares, para então se retratar as associações vegetais a eles adaptados.
DEFINICAO DOS AMBIENTES
Segundo critérios fisionômicos - ecológico para classificação da vegetação adotada pelo projeto RADAM/ Brasil, baseando-se no sistema internacional proposto podem-se diferenciar duas unidades distintas para as regiões das áreas de interesse ecológico, tomando como referência parâmetros altimetricos, acima de 1.400 metros passam como associações vegetais de fisionomia geralmente herbáceo-gramoide, raramente arbustiva, entremeados dos afloramentos rochosos; abaixo destes níveis, até os inferiores próximos limites próximos às áreas litorânea, ou na vertente da formação serrana até o contato com as superfícies
aplainadas do primeiro
planalto, região de FLORESTA
OMBROFILA DENSA,
caracterizada por um período
anual seco variando de 0 a
60 dias e com chuvas bem
distribuídas, com medias
anuais de 1.500 mm.
O acentuado limite entre os
desníveis superiores da
floresta ombrófila densa e
a planície litorânea permite
a subdivisão deste grande
ambiente em patamares altimetricos, a saber:
-
De 50 a 500-600 metros de altitude; como a floresta ombrófila densa sub-montana, com influência climática de características tropicais advindas do oceano próximo, geralmente sobre substrato coluvional.
-
De 500-600 a 1.000-1.200m a.n.m. como floresta ombrolia densa Montana, onde ocorrem as elevações das massas úmidas de ar caracterizadas pelos altos índices pluviométricos;
-
De 1.000-1.200 metros de altitude, como floresta ombrolia densa alto-montana, a medida em que se aproxima das superfícies desgastadas das partes altas dos complexos cristalinos da serra do mar e caracterizada pela presença quase constante das massas úmidas de ar que ultrapassam a barreira natural da serra, atingindo o primeiro, característica esta que leva alguns pesquisadores a denomina-las de MATA DE NEBLINA ou até MATINHA NEBULAR, referindo-se ao reduzido porte de espécies arbóreas componentes.
Os vertentes das porções serranos apresentam ambientes semelhantes àqueles da vertente atlântica até o contato com as formações características do primeiro planalto; os campos naturais da bacia sedimentar (savana granóide) e a região Angustifólia (floresta ombrolia mista) este contato não ocorre, entretanto dentro dos limites das áreas envolvidas neste projeto.
Na análise atual da vegetação
devem ser considerados,
obrigatoriamente, as
influencias antrópicas ocorridas
durante o desenvolvimento da
região, especialmente nas
porções inferiores da encosta
atlântica (floresta ombrófila
sub-montana), que tiveram a
maior parte da cobertura
vegetal original substituída por
cultivos anuais, devido à
relativa e maior fertilidade de
seus solos. Nas porções mais
elevadas (floresta ombrófila densa Montana), a interferência humana restringiu-se basicamente a extração seletiva de valiosas, sem, contudo alterar drasticamente a fisionomia da vegetação.
A baixa fertilidade e a instabilidade dos solos arenosos das planícies quartenarias impulsionaram o homem, desde o século passado, a ocuparem encostas íngremes das serras, para exercer as atividades agrícolas. Após o abandono dos cultivos, a vegetação natural regenerou-se, passando por fases seccionais distintas, aqui tratadas como secundárias, qualificadas para fins de zoneamento nos estágios de capoeira baixa (herbáceo-arbustiva), capoeira-alta (arbustivo arbórea) e floresta secundária, referindo-se as fases mais evoluídas estratificadas em andar arbóreo dominante em um ou mais níveis inferiores dominados.
Os raros núcleos primários sub Montana, quando existentes, mostram sua composição e estrutura depauperados por cortes seletivos, porém, no decorrer de décadas foram muito abusivos; remanescentes arbóreos geralmente não apresentam o valor comercial, sendo por isso rejeitados por ocasiões das extrações. As clareiras abertas pela queda de arvores possibilitaram a instalação de espécies pioneiras e de rápido crescimento, mascarando muitas vezes os aspectos e as constituições destas formações.
FLORESTA OMBRÓLIA DENSA SUB-MONTANA
O ambiente original caracteriza-se
por uma cobertura arbórea densa e
uniforme, bem desenvolvida,
atingindo 25 a 30 metros de altura,
composta essencialmente por
espécies seletivas higrófitos, as
quais associam-se outras
indiferentes e companheiras.
O clima tipicamente tropical mostra
seu influencia no crescimento
continuo da vegetação, assim como
no interior das florestas, bastante
úmidas e mal ventiladas, ricas em
epífito e espesso manto de detritos
vegetais. Diferentes espécies de palmeiras imprimem feição características ao sub-bosque, notadamente o palmito (euterpe edulis), pela sua abundancia e elegância.
O dócil da floresta caracteriza-se pela presença de um grupo heterogêneo de espécies, entre elas algumas tipicamente tropicais e que raramente ultrapassam ao nível subsequente das formações montanas (seiscentos metros) como o guapuruvu (schizolobium parahyba) e bocuva (virola oleífera). Das demais devem ser citado o pau-sangue (petrocarpus violáceos) o guatambu (aspidosperma olivaceum), a laranjeira do mato ou sapopoma (sloanea guianesis), as figueiras (fícus spp.), a estopeira (cariniana estrellesis), a licurana (hieronyma alchorneoides), o taipa (alchornea triplinervia), a canela-nhutinga (cryptocarya ascheroniana), o arariba (centrolobium robustum), a cupiuva (tapirira guianesis), o pinho bravo (podacarpus sellowii), o cedro (cedrella fissilis), e a canjerana (cabralea canjerana), entre outros.
No andar intermediário das formações sub-montanas situam-se também espécies características do ambiente tropical como o palmito, a erva de macuco (bathysa meridionalys), e a enauba (cercropia adenopus), nas clareiras mais iluminadas. Além destas espécies também são muito comuns, o bacupari (rheedia gardneriana); a tobacuva ou secaligeiro (pêra glabrata), o ingá macaco (ingá sessilis), a baga de morcego (guaera ssp.), o cuvalã (capaniavernalis), os guaramirins (gomidesia marlieria (ingá) e outras palmáceas dos gêneros cocos (jerivá), bactris (tucum), atallea (indaiá) e astrcaryum (brejauca)).
O extrato arbustivo e caracterizado
principalmente pelos xaxins
(pteridofitas dos generosnephela,
alsophylla e cyathea), pelo caeté
(calathea sp.), caeté banana
(calathea sercatus), erva cidreira
(hedyyosmum brasiliensis) e erva
da anta (psychotrya), que em
conjunto com abundantes
bromeliáceas de hábitos terrestres
e epífitas, lianas (notadamente
bignoniáceas, sapindáceas
leguminosas), aráceas, rubiáceas
e melastomáceas, imprimem os aspectos mais vistosos do ambiente tropical sob a influencia atlântica.
De acordo com as amostragens as propriedades das glebas 01, 02, e 03, podem ser interpretadas como florestas ecológicas primarias alternada pelas extrações seletivas realizadas há décadas, em função da altura comercial média das arvores mais frequentes 16 metros, entre elas as mais frequentes o caburé ou cabriúva (myrocarpus frondosus), a estopeira, o pinho bravo, o guapuruvu, o guatumbu, o ipê amarelo, o ipê roxo, (tabebuya cf.Alba) e a maçaranduba (manilkara subsercea), esta última preferencialmente nas planícies úmidas do litoral. A estrutura principal da floresta e, portanto composta por espécies características das formações primarias deste ambiente, tratando-se possivelmente de remanescente da floresta original, não tendo submetido a eventual corte raso.
De modo superficial podemos observar uma vegetação primaria mostrando fisionomia característica, assim como nos outros níveis planialtimetricos, nos restantes das áreas.
FLORESTA OMBROFILA DENSA MONTANA
Fisionomicamente muito semelhantes às formações sub-montanas, difere, além do patamar assimétrico, pelas declividades e pelo ambiente superúmido provocado pela elevação, resfriamento e precipitação das massas úmidas vindas do oceano. Estes dois aspectos aliados contribuem para a intensa e rápida drenagem das águas pluviais e fluviais, resultando em solos lixiviados, de fertilidade moderada. As espécies de clima tropical escasseiam ou quase desaparecem por completo. Além das espécies seletivas hidrófilas e mesófilas, percebemos a ocorrência de seletivas xerófilas das formações elevadas da serra (alto-montana).
O porte destas florestas pode variar em função de diferenças itálicas localizadas, sendo normalmente sendo mais desenvolvidas aquelas situadas em vales profundos e nas porções mais aplainadas da serra, atingindo em média de 20 a 25 metros de altura.
A família das areceas contribui significativamente para a composição e fisionomia da floresta Montana, dentre as quais duas espécies – a canela-preta (ocotea catharinesis) e a canela-sassafras (ocote pretiosa) muito abundantes, foram intensamente exploradas pelo volume e valor comercial das suas madeiras.
A família das leguminosas e representada por arvores de grande porte, com copas amplas e dominantes, não raro emergentes, ultrapassando os 30 metros d altura. Dentre elas destacam-se o caoui (newtonia glaziovii) e o pau-óleo (copaifera trapeziofila), tidas como as mais altas da floresta Montana.
São frequentes, ainda no andar superior da floresta o guatambu, o ipê amarelo, a licuranao cedro, o
tapia, a guapeva (pouteria torta),
a baguaçu (talauma ovata) e o
guaraparim (ventanea compacta),
entre outras.
O ambiente no interior das
florestas assemelha-se ao dos
níveis inferiores sub-montanos,
notando-se a redução na
ocorrência do palmito como
elemento característico, raramente
ultrapassado o nível de 700 a 800
metros do nível do mar. O andar
arbóreo intermediário e caracterizado pela gramimunha (weiinmania sp), ingá macaco, ingá feijão (ingá - marginata), baga de macaco (posoqueira latifólia), o pixiricao (micomia cabucu) a almesca (protium kleinii), o guarapere (lamanonia speciosa), os guaramirins e canelas (laurácea).
O extrato herbáceo arbustivo e caracterizado pela presença generalizada de bromeliáceas epífitas terrestres, acompanhadas de pteridófitos, melastomáceas e rubiáceas, entre as quais emerge a guaricana (genoma schottiana) e, mais raramente o palmito com arvores amplas já regenerado.
Nas formações das vertentes nas serras observa-se a infiltração de espécies características da florestamista com algumas espécies de araucárias como o pinheiro bravo (podocarpus lambertii) erva mate (llex paraguaienses), o vassourão branco (piptocarpha angustifólia) e a bracatinga (mimosa scabrella).O ambiente, entretanto, ainda influenciado pelas massas de ar oceânicas, apresenta características semelhantes àquela das formações da vertente atlântica, assim como as espécies arbóreas mais expressivas que as constituem, entre elas a canela preta, a canjerana, o guatambu, o pinho-bravo (podocarpus sellowii) e a guapeva. A proximidade com o planalto; desníveis poucos acentuados favoreceram os antropismos diversos, desde a extração seletiva ate o uso intensivo até o uso para fins agropastoris.
Um grande exemplo de floresta primaria remanescente, alterada pelo corte seletivo, pode ser observado nas vertentes mais altas, e principalmente nas áreas de captação dos mananciais, assim como, na vertente atlântica acentuadamente nas encostas do contesto geral das áreas.
FLORESTA OMBROFILA DENSA ALTO-MONTANA
A medida em que as encostas
elevam-se as altitudes
superiores de 1.000 a 1.200
metros, exibindo declives mais
acentuados até as escarpas
denodadas com o material de
origem, os solos sentam mais
rasos com material erodido,
impossibilitando a exuberante
vegetação arbórea Montana;
o porte, estrutura e composição
destas formações variam para
altitudes maiores e ou menores
nos solos mais rasos em um
grande negativo, apresentando-se progressivamente menos desenvolvidas, com arvores e arvoretas tortuosas compostas Poe espécies seletivas xerófilas adaptadas a estas condições desfavoráveis e sujeitas à intensa solução, mostrando-se em geral mais uniformes e homogêneas.
Dentre as arvores e arvoretas características deste ambiente encontram-se espécies comuns as formações halofitas justa marinhas de planície litorânea, denominada como restingas sub-xerofitas, sobre solos também desfavoraveis. Neste caso, podemos citar a gramimunha, o mangue-do-mato (clusia criuva), a catia ou casca da anta (drimys brasiliensis) as aqüifoliáceas llex dunosa cocão (erythroxylom cuspiifolium), a orelha de onça (symplocos celastrina) e mirtácea dos gêneros Eugenia myrcia (guaramirins e cabui) entre outras.
Nestas altitudes, sobre os solos localmente favorecidos, observa-se o avanço das espécies características da formação Montana, mostrando porem desenvolvimento reduzido; nestas condições podemos notar o guarapere, ipê amarelo, o ipê da serra, (tabebuia cf. Alba), a baga de pomba a caroba (jacarandá sp.) o cuvatã (, Miguel pintado (matayba) e a carne de vaca (celthra scabra), entre outras).
O estrato herbáceo arbustivo e representado por bromélias (vrisia spp) (e pteridófitos gleichenia); os locais mais abertos ou já alterados são ocupados principalmente por gramíneas (panicum sp). e compostas, onde dominam as vassourinhas e a carqueja (baccharis spp).(), podendo ocorrer também densos taquarais, geralmente constituídos por espécies do gênero.
Os limites inferiores desta formação podem ingressar abaixo dos níveis montanos (abaixo dos 1.000 metros) em situações edaficas e/ou topografias semelhantes. Os limites superiores são nítidos, atingindo as altitudes de até















